A Associação Comercial e Industrial (ACI) de São José dos Campos realiza, semestralmente, a pesquisa de Índice de Confiança dos Empresários da cidade, e o resultado do último semestre, bem como as expectativas, não são animadores.
Em relação aos últimos seis meses pesquisados (julho a dezembro de 2015), 47% dos empresários disseram que as condições gerais da economia brasileira pioraram muito.
Por conta dos resultados negativos nos negócios, as expectativas para os próximos seis meses também não são boas.
A maioria (39%) tem uma visão pessimista em relação à economia brasileira, 28% acreditam que a situação deve permanecer a mesma e 20% estão otimistas.
Falando especificamente de São José dos Campos o resultado não é muito diferente. A situação piorou para 47% dos empresários, se manteve a mesma para 26% e piorou muito para 24%.
Sobre os próximos meses, não esperam grandes mudanças: 42% acreditam que a situação deve permanecer igual, enquanto 32% estão pessimistas.
Mesmo com a instabilidade econômica do país, os empresários da região dividem opiniões em relação à possibilidade de realizar novos investimentos.
A maioria (31%) afirmou ser improvável a realização de investimentos nos próximos seis meses, seguidos de 28% que dizem ser provável e 21% que não souberam avaliar.
A instabilidade também pode resultar no receio na hora de contrair novas dívidas, o que pode ser visto com o resultado da possibilidade de recorrer ao crédito, que 42% dos comerciantes avaliou como improvável.
Por fim, 41% avaliaram as vendas nos últimos meses como estáveis e 31% ruins, o que pode ser apurado também nas pesquisas de desempenho de vendas realizadas pela ACI nas datas comemorativas.
Com isso, a expectativa de 43% é de que as vendas continuem estáveis.
Acompanhando o pessimismo dos empresários, Felipe Cury, presidente da ACI, não tem grandes esperanças para 2016.
“Os resultados desta tão recente pesquisa são eloquentes quando mostram a estagnação empresarial em São José dos Campos. 71% das empresas pioraram nestes últimos 6 meses e a expectativa de reação é muito frágil. Precisamos de um fato forte que modifique esse quadro nacional para tentar reaver algum resultado de mais um ano perdido.”