Estar em dia com as contas e pagamentos não é uma tarefa fácil hoje em dia, ainda mais para aqueles que optam em residir em condomínios têm mensalmente a cobrança de taxa condominial. Atualmente, a inadimplência é um problema que tem afetado muitos condomínios e, consequentemente, seus moradores. Por isso, para síndicos e administradores é preciso ter cautela e saber quais medidas podem ser tomadas nesses casos para que não se tenha maiores problemas.
Em razão do momento de recessão da economia do país, já é possível sentir algumas influências na inadimplência dos condomínios. Segundo dados do Tribunal de Justiça de São Paulo, as ações de despejo por falta de pagamento em março já estão 30% maiores do que o mesmo período no ano passado.
Para a Diretora de Administração Imobiliária e Condomínios da Regional do Secovi na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Ivana Lopes Miranda, o problema de inadimplência deve ser trabalhado constantemente, tentando reduzir ao máximo esse índice, pois dificulta a operação financeira de uma forma geral. “Nos condomínios, as despesas são divididas pelos moradores, então quando ocorre um problema de inadimplência, aquela pessoa que paga em dia acaba sendo prejudicada por quem não paga, pois as taxas acabam aumentando para que esse déficit ocasionado por quem não pagou corretamente seja coberto”, explica.
Mas é preciso cuidado na hora de lidar com este problema. Para Ivana, a primeira medida que deverá ser tomada pelo condomínio é tentar ações administrativas do dia a dia, caso não resolva aí então deverão ser tomadas outras ações. “Existe um estudo que diz que, do percentual de inadimplência, 90% é involuntário, ou seja, é a pessoa que não pode pagar aquele mês, ou aquele que esqueceu, então é sempre aconselhável primeiro tomar medidas administrativas e só partir para ações jurídicas caso o problema saia do controle”, afirmou a diretora.