É indiscutível que o verão tem sido cada vez mais rigoroso. Porém, não é só nesta época que se percebe o aumento da temperatura e a maior exposição solar. A cada ano as temperaturas se elevam em todas as estações e, segundo dados da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica Americana, 2015 foi o ano mais quente no planeta desde o século XIX, quando iniciaram os registros de temperatura. Uma preocupação que vem junto com essa informação é a incidência de casos de câncer de pele, que é causado na maioria das vezes pelo excesso de exposição solar desprotegida, causando alterações celulares que podem levar ao câncer.
Segundo o cirurgião plástico com atuação no Vale do Paraíba, Dr. Marco Antonio da Rocha, este câncer normalmente acomete os pacientes a partir dos seus 50 ou 60 anos, devido ao fator acumulativo dos danos causados pelo sol. Ele alerta ainda que é preciso ficar atento a manchas, lesões ou pequenos tumores que somem e reaparecem ou que não cicatrizam. Estes casos devem ser avaliados por um especialista e, caso constatada a lesão, deverá ser retirada por um cirurgião plástico.
“Quando a lesão é altamente sugestiva de câncer de pele, esta deve ser tratada com cirurgia para sua retirada. Dependendo do local e tamanho desta lesão podemos somente retirar a lesão e fechar, sem a necessidade de técnicas mais aprimoradas”, explica o especialista. “Mas infelizmente às vezes precisamos fazer a reconstrução utilizando pele de lugares vizinhos, que acabam deixando cicatrizes maiores porém necessárias para a cura do paciente. A sobrevida do câncer de pele é muito boa quando é diagnosticada em seus estágio inicial”, afirma.
Um levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que, em dez anos, o número de mortes por câncer de pele cresceu 55% no país. Além disso, segundo a Globocan 2012, no Brasil, em 2015, estima-se que tenham sidos diagnosticados 182 mil novos casos de câncer de pele não melanoma.
Sobre o câncer de pele
O câncer de pele pode ser de dois tipos: melanoma e não melanoma. O primeiro é o tipo mais raro, mas também mais grave. Ele representa apenas 4% das neoplasias malignas de pele. Já o segundo, o mais comum câncer diagnosticado, representa 25% de todos os tipos de câncer no Brasil, mas também é o de menor índice de mortalidade.